Passeando pelos anos 60

Não poderia falar dos anos 70 sem comentar os anos 60, época do auge da bossa nova, quando tudo começou. Copacabana era um bairro delicioso, bares badalados, onde a fauna se reunia e havia uma alegria natural. Ninguém marcava lugar e hora para se divertir. Iam surgindo umas festas, encontros em bares e todo mundo aparecia. Nessa época não havia compromisso com roupas de grife e ninguém era vitima da moda. De repente, as pessoas simplesmente começavam a chegar. Uns com mini vestidos, outras com vestidões, aparecia gente de chapéu ou apenas enfeites, aqueles exagerados dos sixty. Eu tinha uns brincos em cascatas de cristal preto, inesqueciveis. Toda tarde eu ia para a Galeria de Arte Relevo, perto da Rodolfo Dantas, visitar o meu amigo MATIAS MARCIER, hoje um grande arquiteto. Os artistas pláticos iam chegando, o Angelo de Aquino, o Vergara, Roberto Magalhães e idealistas que hoje são sucesso. O papo ia ficando ótimo e muitas vezes, iamos tomar caldo verde no Beco da Fome. Simples assim... E as noites de sexta no Botlle´s bar e domingo á tarde no Little Club, no lendário Beco das Garrafas, eram programas imperdiveis. Foram nesses lugares que eu vi passar o Copa 5 (tocavam nos 2 lugares). Jamais me esquecerei do Do Um , com aquela cara comprida e de jazzista, o Johnny Alf, Lenny Andrade, a apresentação gloriosa do Jorge Ben no Little Club, o Serginho Mendes, Tom e Vinicius, Ronaldo Boscoli ( Era época e sucesso do Barquinho), o Luiz Carlos Vinhas ao piano (namoramos um pouco), Luizinho Eça. Quanta gente passou por lá... Era uma glória. E o que mais adorava, naquele ambiente de bossa nova e jazz, com muito saudosismo era o inusitado, o novo, a sensação de surpresa e encantamento.


Beth, Marco Luna (já está no andar de cima) e Regina



Beco das Garrafas, na rua Duvivier, em Copacabana RJ


Copa 5 e o famoso Do Um , baterista que fez o maior sucesso nos U.S.


Jorge Ben Jor, na época Jorge Ben


Lenny |Andrade


Luiz Carlos Vinhas


Sergio Mendes


Vinicius e Tom, que não necessita explicação


Luiz Eça



Gustav Klint e o Império Bizantino


O IMPERIO BIZANTINO NA OBRA DE KLINT

Há sete anos atrás, participei de um projeto para a Universidade Veiga de Almeida-Instituto Zuzu Angel. Como sempre fui apaixonada pela obra de Klint, escolhi um tema sobre a influência que o pintor teve no Império Bizantino, em sua fase de ouro. As texturas, bordados e beneficiamentos, tirei inspiração nos quadros Adèle Bloch Bauer I e Judith I. O conceito de Klint era criatividade e riqueza, caracteristicas das roupas e togas desse Império.
Klint, em sueus quadros e na participação na moda, se inspirou em detalhes, enriquecendo com uma modernidade, que até hoje é visivel e atual.
A maioria do meu trabalho foi inspirado no quadro ADELE BLOCH BAUER I, JUDITH I e O BEIJO
Esse trabalho foi supervisionado por Pedro Sayad, Bordados em Minas Gerais e texturas por Benedito Neto.




INDUMENTÁRIAS DO IMPÉRIO BIZANTINO


ADÉLE BLOCH BAUER I


JUDITH I


O BEIJO



TEXTURAS E BORDADOS, CRIAÇÃO DE BETH BRICIO, COM INSPIRAÇÃO NO IMPERIO BIZANTINO NA OBRA DE KLINT








CRIAÇÃO DE ROUPA POR BETH BRICIO







EXPOSIÇÃO BIZANTINA no METROPOLITAN MUSEUM de NEW YORK





Paula Mourão

Fui ver a incrivel coleção de jóias da Paula, em Ipanema, cujo atelier pertenceu ao seu pai, meu querido amigo Caio Mourão. Enquanto todo mundo estava coberto de ouro, Caio inovou com suas jóias de prata e design eternos. Sua filha Paula, herdou o talento do pai e suas jóias são criativas e femininas. O ambiente do atelier é totalmente ipanemense e tudo inspira arte, inclusive as jóias do Caio emolduradas. Ela trabalha com prata, ouro e pedras brasileiras. Um design moderno e algumas peças inspiradas no Império Bizantino. 
Usei nos anos 80, numa recepção, um colar do Caio, roupa toda preta e minimalista. Esse colar está lá até hoje, na parede do atelier. Paula Mourão trabalha em parceria com Livia, sua irmã. Paula criando e Livia com o markenting.





1-A linha Bizantina,em ouro e pedras.
Paula ,quando trabalha com as pedras ela faz o caminho inverso da maioria dos joalheiros.
Ela primeiro escolhe as pedras para depois pensar a jóia,com isto o resultado é sempre harmonico.
Paula naõ forja o desenho á pedra mais sim,usa das linhas e cores delas para dar forma as suas jóias.
1-Anel Pavão em ouro 18k ,andaluzita e opala de fogo
2.Brinco Pavão em ouro 18k,andaluzita , opala de fogo e brilhante
3.brinco Canoa:ouro 18k,peridoto , tanzanitas e brilhante
4.Brinco luso:ouro 18k,agua marinha,topa´zio blue e brilhantes
5.Brinco fada:ouro 18k,ametista,prazolitas,tanzanita e brilhantes
2.Linha Multiplos(cestaria)
Paula,buscou no artesanato popular esta forma,inspirada no trabalho com canudos de jornal,criou a linha multiplos,
deu textura e volume ao metal gerando multiplas possibilidades para uma forma.
Anel multiplo peneira9com um ponto de ouro)
Anel multiplo dobrado
brinco multiplo longo
brinco multiplo unitario
3.Linha Cachos:
A mais recente:
De uma tira única de prata Paula desdobrou  cachos,caracois.,formas orgânicas
.Anel cachos
Pulseira cachos
gargantilha cachos
4.Pulseira fios inspirada nos portões e grades do centro da cidade.