Uma noite no Museu - Milão

A Gucci abriu a semana da moda para celebrar seus 90 anos, com a inauguração do Museu Gucci em Florença.
Os pontos altos do evento eram um Cadilac Seville 1979 branco, com o logo GG: Guccio Gucci - o fundador da casa, uma cesta de piquenique de 1970, uma prancha de surf da era Tom Ford, tapete vermelho usado em Cannes.
O jantar foi servido no Palazzo Vecchio, século XIV e o salão coberto de cima a baixo com afrescos renascentistas.
A Gucci foi fundada a 90 anos atrás, com a ambição de criar algo que fosse para sempre. A curadora do evento, Frida Geannine chamou ao palco a cantora Debbie Harry, um dos ícones da música punk rock, que levantando seus sapatos brilhantes disse: " Eu quero te mostrar meus sapatos por que não posso cantar com eles".

Frida Geannine

Debbie Harry

O final dos anos 50

Contando mais um pouco da minha história pessoal, falarei do nascimento da moda no Rio. O rock já estava a mil, alguns cariocas já se vestiam de jeans, t-shirt, jaqueta de couro, etc. O comportamento, em algumas tribos, mudando. Havia ainda, no final dos anos 50, ainda quem vestia os conjuntinhos Channel, (copia, claro) mandavam fazer a bolsinha no Redondo, loja em Copacabana. Era a geração que não aceitava os costumes tão novos e fascinantes. Já nasci com um pé no futuro e queria tudo que era novo. Nessa época, as saias justas com twin-set de banlon e os sapatos college. Eram meu sonho de consumo: marinho e branco. As saias rodadas já estavam caindo, pois as formas justas e as calças jeans Lee, tomavam espaço total. Tudo importado, tinha fila na porta das lojas que recebiam essas novidades E uma cena, mais uma vez me fez despertar para a moda e uma nova uma maneira de viver. Na rua Raul Pompéia, quase esquina de Francisco Sá, abriram uma lanchonete com hamburger, milk shake, cachorro quente, sorvete banana split, etc. Era mais uma vez os U.S. influenciando a musica, a moda e os costumes. Minha distração era ficar na janela da minha casa, na R. Raul Pompéia, louca para participar: os carros conversiveis paravam na porta da lanchonete, nas cores pastel com prata. E ao som do rock, dançavam em cima dos carros. As garotas balançando seus rabos de cavalo e os topetes engomados dos boys sempre com o visual James Dean. As saias rodadas com sapato estilo Oxford  (só na Sapataria Polar). Copacabana nessa época era o bairro mais importante do Rio. Me tornei definitivamente membro da "geração baby boomer". Baby boomer é uma pessoa que cresceu após a 2ª guerra e baby boomer II cresceu na década de 60 e 70. O baby boom tem sido descrita como uma "onda de choque", tal a mudança que provocaram.




Brincando com os lenços

Parece que agora os lenços vieram para ficar. Não somente amarrados no pescoço, como no inverno. Eles chegaram, depois de muitas tentativas, como acessório indispensável para o verão 2012. E que charme! Dão vida aos jeans como faixa e o diferencial colocados nos cabelos, na camisa branca,etc. Comprei na Hermés de Paris, estas imagens para serem usadas e como fazer. Muito interessante, pois vieram como cartas de baralho. Claro que o sonho de consumo de muitas cariocas é ter um Hermés legitimo. Mas temos lenços ou foulards (o nome em francês) bem bonitos no Brasil, principalmente florais, como será a estampa importante do verão 2012. A famosa marca Hermés, que fabrica as bolsas Kelly e Birking, fabricam seus foulards em seda. Vejam as imagens abaixo e comecem a brincar e seduzir quando o verão entrar.Nessa estação, as novas propostas bombam no Rio, principalmente se aumentam o charme e o glamour da carioca.














Identidade Carioca

Por que falarei somente sobre o Rio e os cariocas? Por que é uma cidade que tem uma identidade única, e é como diz a música de Adriana Calcanhoto;

Cariocas são bonitos;
cariocas são bacanas;
cariocas são modernos;
E por ai vai...

A mulher carioca é leve e solta, ela anda com uma liberdade que nenhuma mulher do Brasil anda e como o carioca se veste? Depende da tribo, do bairro e da geografia do Rio.

Os movimentos libertadores da mulher começaram aqui, carioca detesta muito pano, roupas que tirem a forma do corpo, adora tecidos fluidos e mesmo saindo na balada com uma roupa justíssima e curta ou usando de dia um shortinho micro, ela não gosta de transparências explicitas. A carioca tem que se sentir jovem, seja lá a idade que for. Já as chics, preferem roupas despojadas e acessórios poderosos.

O Rio tem muito espaço para ter sua própria identidade e os estilistas do Fashion Rio e do Fashion Bussiness nas coleções do verão 2012 começaram a se conscientizar do valor desta cidade única. Nos anos 80, logo após o japonismo que falarei sobre o assunto em outro post, o Rio perdeu a identidade carioca nas criações da moda em geral. 
Alguns itens com identidade carioca, coleção primavera-verão 2012.

Britich Colony- Estilista: Maxime Perelmuter



Blue Man - Estilistas: Thomaz Azulay e Sharon Azulay



AD - Estilista: Ana Paula Demaison



Wish- Estilista: Vera Cuogo




Claudia Duarte Beijoux







Eliane Carvalho - Acessórios hand made








Alice Tapajós para Zibba


Maria Bonita - Estilista: Danielle Jansen




Caravana Holiday



Antonio Pereira da Silva (Tonhão)

Não poderia lançar meu Blog sem falar do meu amigo Tonhão que nos deixou, ilustrador de moda premiado como primeiro colocado da América do Sul pela Latin Foundation - entidade ligada a ONU e sediada em Washington.

Gosto de me lembrar dele como um ser humano especial e único que participou da minha vida profissional e familiar. Bom conhecedor da minha personalidade era meu vizinho na praça General Osório em Ipanema e foi lá que encontrou um bando de garotos punks- Era aniversário do meu filho e eu trouxe de New York spray de cabelo pink, verde e azul. Vesti a galera de preto e cabelos moicanos coloridos, euforicos foram se mostrar na praça General Osório, deram de cara com Tonhão que pensou: Esses garotos só podem ter vindo da casa da Beth Brício. Subiu e ficou para a festa de aniversário.

 Good bye Tonhão!


Meninas do Rio

Foto tirada do caderno Ella do Jornal o Globo
Cristina, Liz, Helena e Dora

Uma loja, tão fofa quanto as proprietárias, o apartamento em lugar nobre bem no final do Leblon, tem tudo para dar certo, com produtos bem diferenciados. A roupa da Liz, os acessórios da Helena e um espaço para Cristina e Dora com objetos de decoração, vestidos de criança e outros mimos. Tudo a cara da carioca. Vale a pena dar uma passada lá e quem vier ao Rio idem.